Agora que se aproximam as eleições, o compromisso de dignidade há que ser ressaltado para que a índole descontraída, alegre, solidária e diversificada de nossa nacionalidade prevaleça sobre outros interesses que não os da coletividade.
Vender votos é crime de lesa humanidade, além dos crimes já previstos pela legislação eleitoral. Quando atendemos a interesses particulares, desprezando o interesse coletivo – que deve prevalecer sobre quaisquer outros, considerando-se a democracia – estamos lesando a Pátria, lesando o povo, a nós mesmos.
A formação brasileira, de variedades infinitas nas artes, na cultura, na crença, na criatividade e nos povos que abriga, já diz por si só de nosso compromisso uns com os outros. Na hora de votar, é preciso considerar o interesse da cidade onde moramos – no caso das eleições municipais – e nunca pensar em tirar vantagem ou proveito próprio. Isto é atentar contra a própria dignidade. Afinal o interesse individual pode estar equivocado.
O interesse imediato passa, muda de figura, toma novo ângulo, está sujeito a todo tipo de instabilidade que bem nos é própria como seres humanos. O interesse coletivo, este sim, tem o caráter de durabilidade, de permanência, de estabilidade. Por isso o compromisso com a democracia, com o princípio da igualdade e justiça deve prevalecer.
Se, em breve análise, buscarmos a realidade brasileira, de norte a sul, desde as baianas com seus largos e longos vestidos, ou a realidade do carnaval de Olinda ou do Rio, o caráter das festas juninas de Caruaru, ou as famosas danças gaúchas, o samba ou o pagode descontraído, a solidariedade espontânea em todo o país, o regionalismo sertanejo, a cultura mais aprimorada nos grandes centros, a expansão cultural em curso ou outro qualquer aspecto que queiramos observar, veremos a enorme diversidade de um país acolhedor e fraterno. Nosso abençoado país, apesar dos desafios imensos aqui enfrentados, é rico de possibilidades, de criatividade, de gente generosa e espontânea.
Como esquecer tudo isso? Ou, então, mudando o tom da pergunta: como valorizar tudo isso? No voto temos a possibilidade de eleger pessoas comprometidas com o bem comum e não dar chance de aventureiros de plantão que buscam vantagens pessoais, projeção com outros interesses.
Por isso a índole brasileira, o caráter cristão de um povo ordeiro e trabalhador pede consciência nesses momentos históricos de renovação. E a consciência vem correta quando vencemos o interesse individual, o ímpeto egoísta, para pensar sim no quanto precisamos fazer uns pelos outros. Solidariedade e consciência, eis o caminho.
Ou ainda somos daqueles que não reconhecem as bênçãos da querida e amada Pátria brasileira, mantendo-nos omissos, indiferentes e interesseiros nas vantagens pessoais?
Se nos enquadramos assim, só temos a lamentar a incrível falta de consciência patriótica. Estamos ainda adormecidos pelas paixões que escravizam…
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Orson Peter Carrara.
Nasceu em Mineiros do Tietê – SP no dia 10 de março de 1960. Filho de pais espíritas (Roberto Pasqual Carrara e Genoefa Altemari Carrara), desde cedo vinculou-se ao Centro Espírita “Francisco Xavier dos Santos”, onde participou das antigas Aulas de Espiritismo às Crianças, da Mocidade Espírita e chegou à Presidência da Instituição por várias gestões. Na época de infância e mocidade, recebeu grande influência, em sua formação doutrinária do tio Pedro Carrara, autêntico e valoroso espírita da cidade, além dos exemplos dos pais no trabalho espírita. Atualmente reside em Matão – SP com a família. É casado com Aparecida Neuza Marana Carrara. Os filhos Cíntia, Cássio e Alexandre (os dois últimos, gêmeos) completam-lhe a família. Expositor espírita, tem percorrido muitas cidades do Estado de São Paulo e já esteve nos Estados de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Rio Grande do Sull, Piauí, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Paraiba, por várias vezes, para tarefas de divulgação espírita.Articulista da imprensa espírita, tem colaborado com diversos órgãos da imprensa espírita, entre revistas e jornais do país, além de boletins regionais, colunista da Rádio Alô. Tendo presidido por várias gestões a Use Regional Jaú, adquiriu grande experiência e enorme relacionamento com as Casas Espíritas da região, o que lhe valeu ampliar os contatos com dirigentes e instituições espíritas. Desse enorme relacionamento nasceu a idéia (hoje realidade concretizada) de organizar jornada de palestrantes, de diversos lugares do Brasil, que visitam variadas instituições, em programações específicas de divulgação espírita.Também mantém colunas em diversos jornais e sites não espíritas, com abordagens de estímulo ao crescimento do ser humano, onde normalmente faz indicações de filmes e livros, entre outras abordagens.
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