Desamarre o Burro – Orson Peter Carrara.
A conhecida expressão popular “amarrar o burro” significa zangar-se, ficar amuado, “emburrado”, ou seja, contrariado, chateado. É comum no comportamento humano.
Hábito comum na infância transfere-se muitas vezes para a vida adulta. São aquelas pessoas que se melindram por pequenas coisas, desgastam-se em chateações que podem ser evitadas e normalmente causam constrangimentos no ambiente onde estão.Hábito infeliz, desnecessário, precisamos todos aprender a renunciar à tendência humana de chatear-se com facilidade, como se fôssemos o centro do universo e dos interesses.
Gerador de tormentos voluntários que poderiam ser evitados simplesmente com a aceitação racional das contrariedades enfrentadas, a expressão popular é injusta com o útil e obediente animal que tanto tem servido à humanidade.
É fácil reconhecer um “emburrado”. É a “cara fechada”, a expressão de contrariedade, as respostas ríspidas e nervos à “flor da pele”. Para que? A que leva isso? Apenas a tormentos interiores desnecessários. Viver com alegria, com otimismo, é muito mais sábio e produtivo.
Quem “emburra” perde momentos preciosos de alegria e convivência, deixa de viver, pois que normalmente isola-se ou se permanece no ambiente, não ouve – ou não quer ouvir –, não vê e, quando fala, traduz em palavras toda a contrariedade. Os exemplos e comportamentos são bem conhecidos: batem a porta, largam o prato de comida e saem bravos da mesa do almoço ou jantar; fecham a cara e não ouse falar com eles, pois lá vem a tempestade verbal.
Estamos falando de outras pessoas. E nós, temos “emburrado”?Como estamos no relacionamento? Chateamo-nos com muita facilidade ou somos abertos ao diálogo e ao entendimento das adversidades que nos ocorrem?
Tais questionamentos são importantes porque nos permitem análise de nós mesmos, impedindo esses estados de “amarrar o burro” por ocorrências muitas vezes sem qualquer importância.
Libertemo-nos disso. Viveremos com mais suavidade!
Muito melhor optar pela alegria, inclusive pelas conquistas alheias, e focar atenção nas oportunidades diárias de aprendizado.
Orson Peter Carrara.
Nasceu em Mineiros do Tietê – SP no dia 10 de março de 1960. Filho de pais espíritas (Roberto Pasqual Carrara e Genoefa Altemari Carrara), desde cedo vinculou-se ao Centro Espírita “Francisco Xavier dos Santos”, onde participou das antigas Aulas de Espiritismo às Crianças, da Mocidade Espírita e chegou à Presidência da Instituição por várias gestões. Na época de infância e mocidade, recebeu grande influência, em sua formação doutrinária do tio Pedro Carrara, autêntico e valoroso espírita da cidade, além dos exemplos dos pais no trabalho espírita. Atualmente reside em Matão – SP com a família. É casado com Aparecida Neuza Marana Carrara. Os filhos Cíntia, Cássio e Alexandre (os dois últimos, gêmeos) completam-lhe a família. Expositor espírita, tem percorrido muitas cidades do Estado de São Paulo e já esteve nos Estados de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Rio Grande do Sull, Piauí, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Paraiba, por várias vezes, para tarefas de divulgação espírita.Articulista da imprensa espírita, tem colaborado com diversos órgãos da imprensa espírita, entre revistas e jornais do país, além de boletins regionais, colunista da Rádio Alô. Tendo presidido por várias gestões a Use Regional Jaú, adquiriu grande experiência e enorme relacionamento com as Casas Espíritas da região, o que lhe valeu ampliar os contatos com dirigentes e instituições espíritas. Desse enorme relacionamento nasceu a idéia (hoje realidade concretizada) de organizar jornada de palestrantes, de diversos lugares do Brasil, que visitam variadas instituições, em programações específicas de divulgação espírita.Também mantém colunas em diversos jornais e sites não espíritas, com abordagens de estímulo ao crescimento do ser humano, onde normalmente faz indicações de filmes e livros, entre outras abordagens.
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