Realmente é um flagelo. Os sintomas são torturantes, trazendo indisposição generalizada, dores nos ossos, febre alta, entre outros sintomas já conhecidos de quem contraiu a doença.
A sensação predominante é de muita indisposição, perda do apetite com completo desarranjo da vontade alimentar-se – gerando vômitos inclusive – e parece que até mesmo o raciocínio fica lento. Claro que há variações de pessoa para pessoa, mas o quadro é dolorido, cruel mesmo posso classificar.
Falo da dengue. Também a contraí. Portanto, posso falar dos malefícios generalizados. Matão tem centenas de casos e vemos esse mal espalhar-se pelo Brasil. Descuido doméstico ou público? Penso que os dois, pois a responsabilidade não é apenas das autoridades, mas também do cidadão. A fiscalização dos possíveis criadouros começa em casa.
Muitos cuidamos de nossos quintais, atentos que estamos às conhecidas instruções e campanhas das autoridades e dos órgãos de saúde. Mas há ainda comportamentos desatentos e relapsos que permitem a proliferação do mosquito.
Como já é o segundo caso na família, penso ser até um dever de cidadania abordar o assunto também. Temos cuidado do espaço doméstico onde vivemos, mas de que adianta se outros locais não recebem a devida atenção?
Como são muitos os casos na cidade, as ocorrências difíceis da enfermidade em crianças e idosos acentuam ainda mais o quadro desse autêntico flagelo.
Já não se trata apenas da decisão e providências de autoridades, mas é um caso de comprometimento individual na eliminação de possíveis focos, com fiscalização pessoal e atenta observação de circunstâncias que favoreçam a multiplicação do agente transmissor. Isso implica em não se permitir água parada. Pneus, calhas, vasos, ralos, garrafas e outros recipientes ou espaços vazios em que a água permaneça devem merecer nossa atenção permanentemente, para eliminarmos algo que não precisamos passar. Se estamos enfrentando essa “parada” é porque estamos desatentos no geral.
Será preciso que o quadro se agrave ainda mais com a dengue hemorrágica para que assumamos a responsabilidade pessoal?
É um dever de cidadania, é um caso de saúde pública.
Quando me senti pessoalmente atingido pude avaliar os prejuízos que podemos evitar. Espaços dos hospitais ocupados, que poderiam ser preenchidos com necessidades mais urgentes, o próprio custo da enfermidade e seus desdobramentos, entre outras questões poderiam não existir…
Pensemos com seriedade na questão. Não é por acaso que há tempos as autoridades conclamam a população para a parte ativa que nos cabe como cidadãos.
A dengue realmente não é brincadeira. Observemos os espaços à nossa volta.
Isso significa respeito à vida, gratidão aos benefícios da saúde e da convivência saudável. Ou vamos aguardar esse enfrentamento pessoal para entender?
Diante do quadro sofrido que enfrentei, não pude silenciar. A consciência cobrou o dever do alerta àqueles que não se deram conta da gravidade de tal circunstância.
Isso lembra uma lei clara, muitas vezes esquecida: a Lei de Sociedade. Somos seres sociais, que nos devemos mutuamente respeito e solidariedade. Viver indiferente às questões sociais é puro egoísmo, atitude incoerente com a paz que tanto desejamos viver e construir. Estamos todos juntos no “mesmo barco”, totalmente dependentes uns dos outros, o que resulta em deveres recíprocos, entre os quais até a atenção com esse flagelo que avança no país: a dengue. Cuidado, pois!
Nasceu em Mineiros do Tietê – SP no dia 10 de março de 1960. Filho de pais espíritas (Roberto Pasqual Carrara e Genoefa Altemari Carrara), desde cedo vinculou-se ao Centro Espírita “Francisco Xavier dos Santos”, onde participou das antigas Aulas de Espiritismo às Crianças, da Mocidade Espírita e chegou à Presidência da Instituição por várias gestões. Na época de infância e mocidade, recebeu grande influência, em sua formação doutrinária do tio Pedro Carrara, autêntico e valoroso espírita da cidade, além dos exemplos dos pais no trabalho espírita. Atualmente reside em Matão – SP com a família. É casado com Aparecida Neuza Marana Carrara. Os filhos Cíntia, Cássio e Alexandre (os dois últimos, gêmeos) completam-lhe a família. Expositor espírita, tem percorrido muitas cidades do Estado de São Paulo e já esteve nos Estados de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Rio Grande do Sull, Piauí, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Paraiba, por várias vezes, para tarefas de divulgação espírita.Articulista da imprensa espírita, tem colaborado com diversos órgãos da imprensa espírita, entre revistas e jornais do país, além de boletins regionais, colunista da Rádio Alô. Tendo presidido por várias gestões a Use Regional Jaú, adquiriu grande experiência e enorme relacionamento com as Casas Espíritas da região, o que lhe valeu ampliar os contatos com dirigentes e instituições espíritas. Desse enorme relacionamento nasceu a idéia (hoje realidade concretizada) de organizar jornada de palestrantes, de diversos lugares do Brasil, que visitam variadas instituições, em programações específicas de divulgação espírita.Também mantém colunas em diversos jornais e sites não espíritas, com abordagens de estímulo ao crescimento do ser humano, onde normalmente faz indicações de filmes e livros, entre outras abordagens.
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