Uma prova de amor – Orson Peter Carrara

Vi recentemente o filme Uma prova de amor, com Cameron Diaz. Belo filme, que merece nossa atenção. Trata-se de comovente drama familiar envolvendo um caso de leucemia num dos filhos. Realmente, o título justifica o conteúdo. É mesmo uma prova de amor que comove pela sinceridade e reflexões pertinentes. Não deixe de assistir. Vai lhe fazer enorme bem ao coração. Não vou aprofundar detalhes, deixando ao leitor descobrir as próprias emoções durante a exibição.

A enfermidade faz pensar no sentido de viver. Ela nos leva a repensar o comportamento, os rumos que damos às decisões e igualmente revela a fragilidade que todos portamos, especialmente diante de doenças terminais.

Foi interessante ter visto o filme numa época em que tenho abordado o tema Por que adoecemos? em minhas palestras. Motivado pelos livros Por que as pessoas ficam doentes? (de Darian Leader e David Corfield –edição Best Seller) e A doença como caminho (Thorwald Dethlefsen e Rudiger Dahlke – edição Cultrix), a temática tem despertado grande interesse e surpreendeu-me pelo vasto campo que propicia de pesquisa e abordagem.

O foco da abordagem tem sido sobre os prejuízos causados à saúde pelos sentimentos e pensamentos, mais que por oscilações de temperatura, vírus e bactérias. Já não é novidade que mágoas e ressentimentos, inveja e ciúme, arrogância e vaidade são causa de muitas enfermidades. Se algumas doenças trazemos conosco na bagagem, fruto de equívocos e experiências negativas do passado, outras se desenvolvem pelos maus hábitos alimentares ou negligência com as necessidades corporais, mas a grande maioria delas são oriundas dos pensamentos e sentimentos. Medos, mágoas, condicionamentos, neuroses, inveja e ciúme causam mais danos à saúde que vírus, bactérias e o próprio envelhecimento natural.

No caso do filme, trata-se de uma bagagem trazida e não dos prejuízos por sentimentos, pelo menos não no presente, mas possivelmente no passado, mas a realidade é que o tema saúde está no ar. Revistas e livros, filmes, programas e séries de TV tem abordado o assunto com constância.

Em essência tudo isso é um amadurecimento da mentalidade humana que já percebe, em termos gerais, que precisamos melhorar os sentimentos. Rancor e vingança causam mais prejuízos do que vírus e bactérias. Melhor que aprimoremos os sentimentos desde já, estendendo compreensão e tolerância uns aos outros para que construamos um futuro de equilíbrio, serenidade e, claro, saúde! Muito melhor optar pela coragem, pela esperança e pela fraternidade, ao invés da opção equivocada da inveja, do ciúme e do rancor.

Isso tudo pode começar por uma atitude simples: suprimirmos de nossa vida a conhecida fofoca e usarmos mais o sorriso sincero, a gratidão pela vida, e a preciosidade de uma virtude muito esquecida, a amizade – que pode ser enriquecida pelo bom humor, pelo bom ânimo e pela vontade. Veremos prodígios na própria vida…

 

Orson Peter Carrara.

Nasceu em Mineiros do Tietê – SP no dia 10 de março de 1960. Filho de pais espíritas (Roberto Pasqual Carrara e Genoefa Altemari Carrara), desde cedo vinculou-se ao Centro Espírita “Francisco Xavier dos Santos”, onde participou das antigas Aulas de Espiritismo às Crianças, da Mocidade Espírita e chegou à Presidência da Instituição por várias gestões. Na época de infância e mocidade, recebeu grande influência, em sua formação doutrinária do tio Pedro Carrara, autêntico e valoroso espírita da cidade, além dos exemplos dos pais no trabalho espírita. Atualmente reside em Matão – SP com a família. É casado com Aparecida Neuza Marana Carrara. Os filhos Cíntia, Cássio e Alexandre (os dois últimos, gêmeos) completam-lhe a família. Expositor espírita, tem percorrido muitas cidades do Estado de São Paulo e já esteve nos Estados de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Rio Grande do Sull, Piauí, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Paraiba,  por várias vezes, para tarefas de divulgação espírita.Articulista da imprensa espírita, tem colaborado com diversos órgãos da imprensa espírita, entre revistas e jornais do país, além de boletins regionais, colunista da Rádio Alô. Tendo presidido por várias gestões a Use Regional Jaú, adquiriu grande experiência e enorme relacionamento com as Casas Espíritas da região, o que lhe valeu ampliar os contatos com dirigentes e instituições espíritas. Desse enorme relacionamento nasceu a idéia (hoje realidade concretizada) de organizar jornada de palestrantes, de diversos lugares do Brasil, que visitam variadas instituições, em programações específicas de divulgação espírita.Também mantém colunas em diversos jornais e sites não espíritas, com abordagens de estímulo ao crescimento do ser humano, onde normalmente faz indicações de filmes e livros, entre outras abordagens.